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imperador da Áustria, seu pai, que o rei mandara vir de Viena. Vendo-o, a princesa não pôde reter lágrimas de alegria
[& ] Cedendo aos seus sentimentos de gratidão, a princesa precipitou-se sobre a mão do rei, que lhe disse ainda:  Minha
querida filha, a felicidade de meu filho está assegurada, bem como a de meus povos, pois terão um dia, como rainha, uma
boa filha, que não pode deixar de ser uma boa mãe .
Muitos são os testemunhos das constantes atenções do rei para com d. Leopoldina, e até
mesmo de uma certa influência desta sobre suas decisões. Um contemporâneo registra que d.
João estava  como que enamorado da nora e que teria manifestado o desejo de vê-la sempre
por perto. Tais atenções eram plenamente correspondidas pela princesa, que delas falaria em
sua correspondência com a família. Em 7 de dezembro de 1817, ela escrevia para o pai
contando que estava freqüentemente com d. João, a quem amava e apreciava como a um pai. E
em 18 de agosto de 1819:  Amo e estimo meu sogro como a um segundo pai, e acho que ele se
parece muito com o senhor, caríssimo pai, no que toca à bondade do coração e ao amor ao seu
povo .
Vinda de uma corte conservadora, as idéias de d. Leopoldina sobre política refletiam os
pontos de vista da Santa Aliança. Leopoldina considerava o ideal de liberdade como
degenerador das relações estabelecidas e, conseqüentemente, prenunciador de conturbações
revolucionárias. Formada segundo  os antigos e bons princípios do absolutismo, não via
sentido na aceitação do chamado  espírito de liberdade . E diria isso nas tantas cartas
escritas ao pai.
Infelizmente o feio fantasma do espírito de liberdade dominou completamente a alma de meu esposo; o bom e excelente
rei está totalmente imbuído dos antigos e bons princípios, e eu também, pois me foram inculcados na mais tenra infância,
e eu mesma amo somente a obediência à pátria, ao monarca, à religião. O senhor vê bem, meu querido pai, como é difícil
a minha situação entre as obrigações que competem a uma boa e carinhosa esposa e a uma súdita proba e filha
obediente. [& ] por esse motivo venho solicitar, meu caro pai, seu conselho paterno e sua ordem, pois esses devem ser o
meu guia.
Logo Leopoldina se daria conta de que existiam na corte do Rio de Janeiro três partidos
 o do rei, o da rainha e o de d. Pedro  , que alimentavam a discórdia entre as três pessoas
reais através de intrigas, mexericos e bisbilhotices. Tendo sido bem orientada pelo pai sobre
a situação delicada em que se encontravam o rei e a rainha, ela, que se aproximara
imediatamente de d. João, precisou até mesmo evitar o contato com as damas austríacas que a
tinham acompanhado. O rei antipatizara em particular com a condessa de Künsburg,  porque
ela está constantemente com a sua cara-metade, que se comporta vergonhosamente ,
confidenciou Leopoldina em carta a Maria Luísa, em 10 de dezembro de 1817.
Com o pai e os irmãos feitos prisioneiros de Napoleão, Carlota Joaquina sonhara em
tornar-se regente da Coroa espanhola nas colônias da América. Entre intrigas palacianas, entre
chantagens e cartas secretas, por meio de emissários e espiões, vivera os primeiros anos no
Brasil em função desse projeto, para cujo fracasso contribuíram tanto o processo de
independência das colônias hispânicas quanto os ardis de d. João e de seus ministros.
Frustrada, d. Carlota tentou ainda acompanhar as duas filhas quando foram casar-se com os
tios na Espanha, em 1816. D. João, com as mesmas negaças com que a tinha intrujado na
questão do Prata, acabou retendo-a no Rio de Janeiro, onde Carlota se consumia de
ressentimento contra o rei e seus ministros.
D. Pedro, segundo testemunhas da época, sempre guardou um profundo respeito pelo pai.
Mas conhecendo-lhe o temperamento, ministros e validos trabalhavam o espírito do rei,
prevenindo-o contra o filho, de modo a manter o príncipe afastado dos negócios públicos.
Sabedor dessas manobras, d. Pedro alimentaria enorme aversão aos favoritos de d. João,
adotando uma atitude pública de contestação ao governo. Os problemas entre pai e filho foram
confidenciados por d. Leopoldina ao diplomata austríaco barão von Neveu, que os transmitiu [ Pobierz caÅ‚ość w formacie PDF ]

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